quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Trabalho de Sismologia


Indice:

- Introdução;

- Objectivos;

- Desenvolvimento;

- Conclusão;

- Bibliografia;




Introdução:

Um sismo é um fenómeno natural que resulta de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre.
Corresponde a uma libertação de grandes quantidades de energia, que provocam vibrações que se transmitem em redor de uma vasta área.
Na maior parte dos casos os sismos devem-se a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.



Objectivos:

- Explicitar os riscos sismicos: a sua previsão e prevenção
- Identificar aspectos para a minização de riscos sismicos




Desenvolvimento:

Sismos e Maremotos: Alguns Conceitos


Relatos jornalisticos


O sismo ocorrido no passado dia 26 de Dezembro (2004) produziu um maremoto que se encontra entre os mais mortais desastres naturais da história moderna, tendo devastado a costa de vários países, como a Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia, com ondas até 15 metros de altura e atingindo a Somália (África), a 4500 km a oeste do epicentro.

Até há uns cinquenta anos atrás, nesses países, os povos autóctones não se instalavam no litoral, mas a alguns quilómetros para o interior, pois os sismos no fundo do mar e os maremotos sempre existiram e são frequentes. A distância por si não é garantia de segurança, mas a preservação de habitats naturais de corais e mangais (florestas à beira de água formadas por mangues – árvores com raízes aéreas) na faixa costeira tende a diminuir os danos causados por maremotos, por atenuarem a força das ondas. Infelizmente, em vários destes países, muitos dos corais desapareceram e os mangais foram destruídos nas últimas décadas para dar lugar à criação de camarões e lagostins em viveiros, a urbanizações e hotéis. Nesses países, os danos materiais e humanos consequentes do maremoto de Dezembro foram superiores aos verificados nos países em que os corais e mangais têm sido preservados. Evidencia-se assim o papel vital de proteger a biodiversidade costeira e outras barreiras naturais, de forma a proteger o homem e as estruturas por si construídas a longo prazo.





Um sismo...

A duração de um sismo varia entre poucos a dezenas de segundos, raramente ultrapassando um minuto. Após o sismo principal, geralmente dá origem a sismos mais fracos ao que chamamos de réplicas.
Aos sismos também podemos denominar por tremores de terra, quando estes ocorrem pode-se dar deslizamentos, incêndios (provocados por fugas de gás ), libertação e derrame de materiais perigosos.
Através dos sismos também podem suceder os
maremotos e destruição de estruturas urbanas, com potenciais perdas materiais e humanas.



O que são sismos premonitórios? O que são réplicas?

Os sismos premonitórios são sismos que na maioria acontece antes de um sismo maior que é considerado o principal de uma série. Podem ocorrer desde vários segundos a vários anos antes do principal, mas desenvolvem-se sempre na mesma zona sismogénica. As réplicas correspondem aos sismos que se seguem ao sismo principal e que se originam na mesma zona sismogénica, decrescendo em frequência e magnitude com o tempo. Após um sismo de grande magnitude as respectivas réplicas podem gerar-se ao longo de vários anos.


Tsunami

Alguns sismos são acompanhados de acontecimentos secundários, tais como ruídos sísmicos, alteração do caudal ou nível em fontes, poços e águas subterrâneas e formação de tsunamis ou maremotos.



O que são Tsunamis?

Os tsunamis são enormes vagas oceânicas que, quando se abatem sobre as regiões costeiras, têm efeitos catastróficos.



Qual a origem dos Tsunamis?

Os tsunamis podem ser provocados por deslizamentos de terras nos fundos oceânicos, erupções vulcânicas, explosões, queda de meteoritos e sismos.Geralmente são provocados por abalos sísmicos com epicentro no oceano, os quais causam variações bruscas dos fundos oceânicos.


Os Tsunamis podem ser previstos?

Prever tsunamis é uma tarefa difícil visto que os mecanismos de formação destas ondas gigantes ainda não são inteiramente entendidos pelos cientistas. Mas apesar com o uso de sensores submarinos, de telemetria por rádio e por satélite e de bóias à superfície, pode-se localizar os tsunamis e com exactidão medir o seu tamanho e prever o seu comportamento. Desta maneira, as zonas costeiras em risco de serem atingidas podem ser determinadas e evacuadas evitando a perda de vidas.


Será possível uma previsão para sismos?

Ainda não é possível prever a hora e local exactos de incidentes como os sismos.
Mas existe uma excepção, que se destaca ao sismo de Haicheng na China, em Fevereiro de 1975, a sua previsão foi possível permitindo assim a evacuação em cidades e salvando a vida a milhares de pessoas.
Normalmente antes de um sismo ocorrer o comportamento de vários animais (como cães, gatos, peixes e cobras), muda alertando-nos para eventuais sismos.




Podemos prevenir um sismo?

O Homem não pode evitar a existencia de sismos, mas pode diminuir os estragos que causam, através da promoção de acções de prevenção:
Tais como;
- identificar zonas de maior risco, evitando edificar em locais impróprios; nas zonas costeiras, plantar e preservar corredores verdes da vegetação junto à costa.
- construir estruturas mais sólidas, com capacidade para resistir a sismos fortes .
- reforçar edifícios já existentes, para melhorar a sua resistência sísmica.
- educar a população, principalmente no que respeita às medidas de auto-protecção a tomar antes, durante e após um sismo.

( http://clientes.netvisao.pt/maria167/formandos/isabel/sismos1.jpg )

Os efeitos dos tremores de terra, da maneira como se manifestam aos sentidos do homem.

Os sismos eram classificados em ligeiros, moderados, fortes e muito fortes. Mais tarde melhoram escalas mais pormenorizadas com 12 graus, como a Escala Modificada de Intensidades de Mercalli.


I - O sismo não é sentido pelas pessoas, mas apenas registado pelos sismógrafos.
II - O abalo sentido é pelas pessoas em repouso em andares mais elevados.
III - O abalo é sentido por várias pessoas, no solo e no interior de edifícios, especialmente dos andares mais elevados.
IV - O abalo é sentido por muitas pessoas.
- Loiças, janelas, portas e líquidos vibram.
- As paredes rangem.
- Sente-se dentro de um carro parado.
V - Toda a população pode se aperceber da existência do sismo.
- Muitas pessoas acordam.
- Os objectos oscilam .
VI - Existe deslocamento nos móveis.
- Os sinos e as campaínhas tocam.
-Abrem-se fissuras nos tectos e muros de argila.
VII - O pânico é geral.
- Grandes fissuras nas construções frágeis.
- Queda de chaminés.
- As pessoas que viajam de automóvel sentem o abalo.
VIII - Grandes fendas nas construções, podendo abater-se alguns edifícios.
- Fendas no solo.
- Variação do nível de água nos poços.
IX - Destruição parcial de edifícios de pedra ou tijolo.
- Deslizamento de terras.
- Ruptura de canalizações.
X - Desmoronamento parcial das construções de betão.
- Ruptura das estradas, vias férreas, canalizações e barragens.
XI - Todas as construções e pontes são destruídas.
XII - Dão-se mudanças importantes da topografia.
-Cursos de água são desviados.

A escala de Mercalli foi depois aperfeiçoada nos Estados Unidos Richter, pelo que ficou conhecida pela designação de escala de Richter.
Esta pertendia determinar a energia libertada pelo sismo estabelecido na medição da amplitude máxima das ondas registadas nos sismogramas.
Foram delimitados nove graus para a escala de Richter e o valor da magnitude correspondente a cada grau, é dez vezes superior ao valor anterior.




O que é um sismograma? Para que serve?

Um sismograma é utilizado para calcular a localização do sismo e outros parâmetros , o registo feito a partir de um sismógrafo. Ao qual um sismografo é o aparelho que regista, com precisão e nitidez, as ondas sísmicas, ou seja, a medição da intensidade dos terremotos expressos na escala de Richter. Existem vários tipos de sismógafos, por exemplo, os que registam os movimentos horizontais do solo, os que registam os movimentos verticais, etc. Um sismograma, em período de calma sísmica, apresenta o aspecto de uma linha recta com apenas algumas oscilações. Quando ocorre um sismo, os registos tornam-se mais complexos e com oscilações bastante acentuadas, evidenciando a amplitude das diferentes ondas símicas.




Portugal Continental



Em Portugal são registados cerca de 360 sismos por ano, embora sejam sentidos, em média, apenas 6.
A sismicidade de Portugal Continental é caracterizada pela ocorrência, mais ou menos contínua, de sismos de magnitude fraca a média (inferiores a 5.0) e raramente de um sismo de magnitude moderada a forte (superior a 6.0). A sismicidade concentra-se, sobretudo, na região do Algarve , na região de Lisboa e Vale do Tejo.
A actividade sísmica do território português resulta de fenómenos localizados na falha Açores-Gibraltar – fronteira entre as placas euro-asiática e africana (sismicidade interplaca) e de fenómenos localizados no interior da placa euro-asiática (sismicidade intraplaca).
Os epicentros de vários sismos históricos que afectaram Portugal Continental situaram-se perto do Banco de Gorringe, localizado aproximadamente a 200 km a sudoeste do Cabo de S. Vicente, em particular o sismo de 1 de Novembro de 1755, que foi seguido de um grande maremoto na costa oeste e sul da Península Ibérica (estimou-se a sua magnitude em 8.75).




Prevenção - Medidas a tomar

Prevenção (medidas a tomar antes de um sismo)


Os estragos causados pelos sismos podem ser reduzidos se colocarmos em prática regras adequadas de construção anti-sísmica.


O que podemos fazer já?

Informarmo-nos sobre os desastres sísmicos que poderão ocorrer na região onde vivemos.

· Assegurar que existem planos de emergência no nosso local de trabalho e na escola dos nossos filhos.


· Apoiar programas de preparação para actuação em caso de tremor de terra. As escolas e as organizações cívicas podem fornecer um serviço altamente benéfico, neste aspecto.

· Estudar, com a nossa família, quais os locais de maior segurança em nossa casa.

· Se vivemos num edifício de apartamentos devemos explicar os nossos familiares a localização das saídas de emergência e mostrar também como se liga o alarme de incêndios, tal como a desligar a electricidade no quadro geral ou a fechar a água ou o gás nas respectivas torneiras de segurança.

· Preparar as nossas casas contra diversos perigos durante os sismos, nomeadamente;

- Fixando ou mudando para outros locais os objectos que possam cair sobre as pessoas.


- Verificar as suspensões e fixações dos candeeiros e de todos os outros objectos pesados cuja estabilidade seja ameaçada por um abalo de terra e fazer ajustamentos necessários.


  • Objectos e mobiliário volumosos e pesados devem estar o mais perto possível do chão.

  • Ter particular atenção com os objectos que ao cair possam causar um incêndio.

- Inspeccionar a nossa residência, do local de trabalho e verificar se as chaminés, telhas e outras estruturas semelhantes estão soltas e, caso afirmativo, informar o responsável para que sejam executadas as reparações necessárias.



  • Não colocar vasos de flores soltos nos parapeitos das janelas, fixar correctamente ou simplesmente retirar.
    - Manter as chaves junto das portas.
    - Lanterna de bolso;

- Manter acessível, junto ao telefone, uma lista actualizada de contactos de emergência incluindo a polícia, bombeiros, hospital mais próximo, etc.



- Manter extintores operacionais relativamente perto de zonas onde haja risco de incêndio.
Mantenher num local visível e facilmente acessível:



· Uma muda de roupa por pessoa e calçado confortável;
· Rádio a pilhas;
· Cobertores ou sacos-de-cama.
· Vários conjuntos de pilhas de reserva;
· Papel higiénico e artigos de higiene pessoal;
· Estojo de primeiros socorros e medicamentos básicos;
· Mochila ou saco de transporte com velas e fósforos;
· Pratos, copos e talheres descartáveis;
· Chaves sobresselentes , panelas, abre-latas, sacos do lixo;
· Água engarrafada (1 litro/pessoa/dia) ;
· Alimentos para 3 dias (sem necessidade de frigorífico);
· Medicamentos com receita médica, óculos de reserva, fotocópias de receitas médicas.
· Comida para cães, gatos, etc



Medidas a tomar durante a existência de um sismo



No interior de um edifício:


Normalmente é melhor não tentar sair de casa a fim de evitar o risco de ser atingido, na fuga, pela queda de objectos.



- Permaner calmo e prester atenção ao estuque, tijolos, prateleiras ou outras estruturas ou objectos que possam cair.



- Afastar-se de janelas, vidros, varandas ou chaminés.



- Abriguar-se rapidamente num local seguro, por exemplo, no vão de uma porta , debaixo de uma mesa pesada ou de uma secretária; se não existir mobiliário sólido, encostar-se a uma parede interior ou a um canto e protejer a cabeça e o pescoço.



- Se estivermos num edifício alto, não procurar sair imediatamente pois as escadas podem estar cheias de pessoas em pânico e/ou haver troços de escada que ruíram.



- não utilizar o elevador pois a electricidade pode faltar e provocar a sua paragem.



- Se tivermos na rua devemos afastar-nos de torres, postes, candeeiros de iluminação pública, cabos de electricidade ou de estruturas que possam desabar, como muros .



- Se formos a conduzir um automóvel, parar no lugar mais seguro possível, de preferência numa área aberta, afastada de edifícios, muros, torres ou postes.



  • Permaneçer dentro da viatura até que o sismo termine.




Medidas a tomar após a existência de um sismo

- Devemos permaneçer calmos e verificar se há feridos nas imediações e, em caso afirmativo, socorre-los.



  • Não remover pessoas seriamente feridas a não ser que elas estejam em perigo imediato.

Se houver pessoas soterradas chamar as equipas de salvamento.



- Prestar atenção e seguir as instruções dadas pela rádio ou pela televisão.
- Ter atenção a eventuais réplicas.
- Manter-se afastado de edifícios danificados.
- Ter especial atenção a zonas baixas do litoral afastando-se do mar , dirijindo-se para uma zona alta.



Se estivermos no interior do edifício:



Caso o local tenha ficado em condições de pré-colapso tentar sair e ajudar os outros a sair com o maior cuidado possível.



- Desligar assim que possível o gás, electricidade e água.
- Não utilizar fósforos, isqueiros ou qualquer outro instrumento de chama descoberta tal como não usar os interruptores de electricidade .
- Utilizar antes uma lanterna eléctrica.
- Ao sentir cheiro a gás dentro de casa abrir as janelas e evacuar as imediações por medida de segurança.





Conclusão:


Os sismos não têm durações iguais, mas raramente não ultrapassam um minuto.


Após um sismo dá-se geralmente réplicas, estas por vezes têm mais intensidade que o proprio sismo. Além de réplicas também pode suceder-se terramotos ou maremotos, mais conhecidos hoje em dia por Tsunamis.


Para detectar a intensidade dos sismos temos a ajuda dos sismogramas e que se dividem por duas escalas.


Mercalli que é uma escala constituida por 12 graus sendo na escala a mais caótica.


Richter vai até aos 9 graus, que é o valor de magnitude correspondente a cada grau.


Para podermos prevenir de estragos maiores causados pelos sismos, devemos ter práticas anti-sismicas, ou seja, estudar por exemplo a nossa região onde moramos, a nossa casa e onde estão colocados objectos que possam cair de danificar ou magoar alguém ao cairem.


Devemos também ter de parte alguns bens alimentares tal como água engarrafada, comida enlatada etc e meios materiais como exemplo pilhas, lanternas e fósforos.




Bibliografia:




http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc50.htm


http://www.cvarg.azores.gov.pt/Cvarg/CentroVulcanologia/faqs/faq_sismos+premonit%C3%B3rios+e+r%C3%A9plicas.htm


http://domingos.home.sapo.pt/sismos_4.html


http://www.horta.uac.pt/ct/forum/questoes/faq/oceanos/tsunamis.html


http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc50.htm


http://domingos.home.sapo.pt/sismos_5.html


http://pt.wikipedia.org/wiki/Sism%C3%B3grafo


http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/prevencao.htm



1 comentário:

Leonor disse...

Os animais prevêem os sismos e outros fenómenos naturais, mas o ser humano também, desde que mantenha contacto com a Natureza. Esta conversa pode parecer maluca, mas a verdade é esta:pressinto uma trovoada com 3 ou 4 dias de antecedência, sei que vai ocorrer um sismo com a mesma antecedência, só não sei em que lugar ocorre, mas ocorre.Sintomas: dor de cabeça, uma angústia indescritível. Há cerca de 15 anos que falo disto às pessoas com que lido, e elas comprovam que é verdade. Eu até sou um bicho do mato, ninguém me enfia em apartamento, mas o que se passará mais?