segunda-feira, 23 de março de 2009

ESSA, Pedro D., Mecanismos de evolução, Plano de trabalho

ESSA, Pedro D., Mecanismos de evolução, trabalho individual

ZONAS COSTEIRAS


Introdução

Este tema é de elevada importância para a actualidade, uma vez que, estamos a sofrer com a subida do nível do mar o que torna imperativo que esta temática seja abordada com uma maior relevância. As zonas costeiras são muito atractivas para a localização das populações, contudo, este facto leva a que estes sistemas naturais fiquem sujeitos a grandes pressões ambientais. Além disso existe um elevado perigo para as próprias populações, que ficam sujeitas à destruição das estruturas, muitas vezes construídas em arribas pela sua beleza natural, mas que acabam por ser destruídas devido à erosão provocadas pelos mares.
Inicialmente o trabalho irá assentar na definição de Zonas Costeiras e quais os fenómenos geológicos a estas associados, pois estas zonas não são estáticas e modificam-se através da acção de fenómenos naturais e antrópicos.
Irei também abordar como a acção humana tem contribuído para a alteração destas áreas e como isso pode afectar negativamente o futuro, pois as regiões litorais adquirem uma relevância muito especial para a vida humana, tendo em conta que, nelas vive cerca de 70% da população mundial e é nestas zonas que se produzem e exploram a maior parte dos recursos marinhos utilizados pelo homem. O mesmo acontece em Portugal, que se situa à ‘beira mar’ e no qual dois terços da população vive na zona litoral.





Objectivos

• Zonas costeiras: Perceber a Definição e processos Geológicos
• Endenter os Processos de evolução do litoral naturais e antrópicos
. A Acção do Homem no combate a tendência erosiva




Desenvolvimento

As Zonas Costeiras correspondem à zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. Estas estão sujeitas a vários processos geológicos entre eles a abrasão (erosão) e o transporte e deposição de sedimentos (sedimentação).
A abrasão marinha corresponde à acção destrutiva do mar sobre a costa, no litoral rochoso, o que dá origem às plataformas de abrasão marinha. Exemplos destas são as falésias e as arribas. O que ocorre neste processo de abrasão é que, o mar, através das ondas, e mais intensamente quando estas transportam sedimentos, vai destruindo a base das rochas desgastando-as mais fortemente nesta zona. As rochas ficam com um pequeno escarpado na sua base e com uma inclinação virada para o mar como se pode ver na fig. 1. Estas designam-se por acções destrutivas. Em resultado desta acção formam-se os litorais de erosão, caracterizados pelas referidas arribas, ou falésias alcantiladas, que recuam à medida que aumenta a plataforma litoral ou de abrasão marinha.




Fig 1- Arriba fossil Peniche

In:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqbDPmfTN_NGSoPNjanZZLMnpFE0ep6_1WpYtAUPimlMw8ncphejsZQ9ugTfrymGIwi3p7bK0a3C4FiT26nOB-LO3dsWaNtu1ujRl3yWdBWWNUbN2AryHElVdQAinoIvKpRml0a0hAG50/s320/LITORAL+arriba+Peniche+Alex+cruz_10E.JPG

A abrasão marinha é condicionada por vários factores, entre eles o tipo de rochas (mais ou menos resistentes), o grau de meteorização e estrutura geológica. Este último refere-se à quantidade e orientação dos planos de descontinuidade no maciço rochoso.
As arribas formam-se, assim, em locais de rocha dura, como por exemplo granito xisto e calcário, sendo mais alta quando o material dominante é o calcário.
Alguns exemplos de arribas activas (ou arribas vivas), são as que podem ser observadas a Sul da Lagoa de Albufeira ou no litoral de Cascais, e estas encontram-se sob influência directa da erosão marinha, apresentando o perfil anguloso e o recuo típico deste tipo de arribas.

Outro fenómeno de abrasão é a abrasão lenta. Esta ocorre quando o rio ou mar desgasta a rocha através, da areia e dos calhaus transportados pela água e que quando estão em rotação desgastam o fundo do leito aprofundando-o e alargando-o. As cavidades que se formam por este processo designam-se por marmitas de gigante e encontram-se junto ao mar nas plataformas de abrasão, conforme se pode ver na fig. 3.




Fig. 2 – Marmitas de Gigante, Armação de Pêra
In: http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/_/rsrc/1219341704258/Home/geologia-problemas-e-materiais-do-quotidiano/zonas-costeiras/Marmitas%20de%20gigante%201.jpg

No litoral arenoso, que é mais baixo e mais vulnerável à actuação erosiva do mar, temos as praias. Estas são originadas pelo processo de sedimentação. Este ocorre quando se dá a acumulação dos materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios, quando as condições ambientais são propícias. Resultam assim em praias ou ilhas-barreiras, restingas e tômbolos.
O tômbolo caracteriza-se pela acumulação de materiais que ligam a praia a uma ilha. No caso das restingas, estas são uma acumulação de areia ligada à faixa litoral apenas numa das suas extremidades. As praias são cordões de areia paralelos à costa.
Estas designam-se por acções construtivas. Deste modo, o mar abre caminho para que continue a sua investida pela costa.
Os processos descritos anteriormente, ocorrem quando o mar se encontra em fase transgressiva, ou seja, são períodos em que o mar tende a avançar sobre o continente e a costa rochosa também sofre erosão. Nestes casos ocorre o desgaste tal da base das arribas que pode ocorrer o seu desmoronamento. Outros efeitos da erosão costeira são o estreitamento das praias, (como tem acontecido no caso da Costa da Caparica); a transformação de praias de areia em praias de calhaus (fig. 2), devido à migração das areias; a inutilização de campos de cultivo inundados pelas águas do mar e a destruição de estruturas construídas pelo Homem, como estradas e edifícios.



Fig. 3 – Praia de Calhaus em Santa Tecla, Sicília, Itália
In: http://img518.imageshack.us/img518/8242/dscn3440metadetl1.jpg

Num processo geológico inverso ao que foi anteriormente referido, temos os períodos em que a tendência do mar é regressiva. Nos casos em que o mar recua o litoral diz-se anamórfico ou de acumulação.
Nestes casos o mar recua e é possível visualizar partes que se encontravam submersas, tais como, antigas plataformas de abrasão. Estas encontram-se muitas vezes próximas do nível actual do mar e podem aparecer associadas às respectivas arribas designando-se por arribas fósseis. Estas já se encontram modeladas pelo mar e não sofrem o processo de abrasão marinha, que já terá ocorrido no passado, quando esta era uma arriba viva.
Na Costa da Caparica existe um exemplo de arriba fóssil, a arriba litoral da Costa de Caparica, pois já não se encontra em contacto directo com o oceano, não sofrendo erosão marinha.

Os processos descritos anteriormente designam-se por processos naturais, no entanto, as zonas litorais também têm sofrido alterações devido a processos antrópicos, ou seja, devido a fenómenos causados pela acção humana. Entre estes destacam-se o efeito de estufa que tem origem no aquecimento global, a ocupação da faixa litoral com infra-estruturas construídas pelo Homem, a diminuição da quantidade de sedimentos devido à construção de barragens e a destruição de defesas naturais como as dunas, construção desordenada e o arranque da cobertura vegetal.
Assim, na gestão das zonas costeiras é fundamental o conhecimento dos processos físicos, químicos e biológicos que nelas ocorrem, sobretudo naquelas em que da pressão das actividades humanas resulta a sobre-exploração dos recursos disponibilizados, causando problemas ambientais relacionados com o equilíbrio dos ecossistemas naturais.
Para combater a tendência erosiva são realizadas obras, porém estas são muito dispendiosas e exigem elevada manutenção.
Estas obras podem ser de três tipos: esporões ou obras transversais à linha da costa, os paredões ou obras paralelas à linha da costa e obras destacadas como os quebra-mares. Estas obras destinam-se a evitar a erosão da costa de modo a proteger pessoas e bens. Todavia, estas, por vezes, resolvem problemas a nível local mas transferem-nos para outros locais.


Conclusão

Dos fenómenos naturais que interagem com a dinâmica das zonas costeiras podem referir-se a alternância entre as regressões e transgressões marinhas, a alternância entre períodos de glaciação e interglaciação e a deformação das margens dos continentes através das correntes marinhas litorais que provocam a erosão, transporte e deposição de sedimentos e a deformação das margens dos continentes devido aos movimentos tectónicos.
No que diz respeito aos processos antrópicos encontramos o efeito de estufa que tem vindo a agravar-se com o aquecimento global, a fusão dos gelos polares e consequentemente a subida do nível do mar e a erosão. Outros destes fenómenos são a construção em arribas o que expõe as populações a riscos geológicos, a exploração de rios inertes e construção de barragens, o que diminui a quantidade de sedimentos acumulados e a destruição de defesas naturais como dunas e vegetação costeira.
Na tentativa de regredir os processos de erosão, o Homem constrói várias estruturas que lhe permitam diminuir ou atrasar estes processos, contudo nem sempre são eficazes nesta luta desigual entre o Homem e a Natureza e na qual esta última continua a sair vencedora. Cabe ao Homem perceber que não deve lutar contra a natureza mas sim tirar partido de toda a beleza e vida que ela nos dá.


Bibliografia:
LIVROS
Jorge reis; Paula lemos; António Guimarães, Biologia e Geologia, Porto Editora
Jorge Ferreira e Manuela Ferreira, Biologia e Geologia, Santillana Constância

INTERNET
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_costeira
http://www.aprh.pt/texto/zonas_costeiras.html
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1355&op=all
http://www.youtube.com/watch?v=rqa2RO93C-0
http://ec.europa.eu/fisheries/related_issues/coastal_management_pt.htm

domingo, 22 de março de 2009

Zonas Costeiras
- Erosão Costeira -

Introdução


Ao longo do meu trabalho pretendo falar sobre a erosão das zonas costeiras portuguesas dizendo quais as causas, os efeitos e as consequências da erosão costeira, os riscos geológicos, os riscos associados ampliados pela acção humana.

Objectivos


- Explicitar quais as causas, os efeitos e as consequências da erosão costeira;

Desenvolvimento


O litoral português tem sofrido, nos últimos tempos, inúmeros fenómenos de erosão devido ao aumento do nível médio do mar, o que leva ao desaparecimento de dunas e à diminuição de praias.

Causas da Erosão Costeira


Uma das principais causas da erosão é a subida do nível do mar, contudo existem outras, tais como a construção em zonas costeiras e o derrube das dunas.
As variações do nível do mar, designadas por transições e regressões, fazem parte das transformações da terra, contudo, algumas dessas variações são provocadas por modificações climáticas, estimuladas pelo homem. Esta é, sem dúvida, a principal causa, uma vez que o aquecimento global provocado pelo homem desde a revolução industrial, tem gerado uma expansão térmica do oceano e a fusão de massas de gelo.
Outra causa desta grande erosão é a construção desenfreada existente por todo o litoral.
Em visita ao Parque Natural Sintra - Cascais podem-se ver inúmeras praias, nas quais prolifera a construção inadequada, não só nas arribas, mas também em dunas. As Azenhas do Mar é disso exemplo: o grande número de construções que se situam em cima da arriba por onde se acede à piscina natural é tão grande que é possível observar grandes falhas na vertente desta. Em consequência, a arriba torna-se instável e pode mesmo desmoronar, permitindo o avanço do mar. Outro exemplo é a Praia do Magoito onde, em cada Inverno que passa, o mar avança até à arriba fóssil.
A Boca do Inferno é também um bom exemplo de erosão costeira, pois foi, em tempos, uma gruta que se desmoronou, tornando-se naquilo que hoje conhecemos. O embate das ondas dentro desta tem vindo a provocar a corrosão de inúmeras rochas, podendo ainda observar-se que esta só não avança mais para terra porque não pode. Contudo, se isso vier a acontecer a estrada desmoronar-se-á. Aliás, todos os Invernos e nos dias de chuva quando passamos naquela estrada sentimos os salpicos das ondas.
Na praia do Guincho é possível observar a existência de Bares e Cafés com estruturas fixas nas dunas, contribuindo para o seu desaparecimento.

Consequências da Erosão


Quem mais sofre com a erosão são as falésias e as dunas, sendo que estas últimas ficam submetidas à construção de estruturas fixas e ao seu desmantelamento. Na maioria, todas as praias desta região perderam espessura, deixando em suspensão certas construções, aumentando o declive das praias e diminuindo a sua extensão. Apesar de tudo, ainda é possível detectarem-se casos contrários, apesar de serem raros: casos em que a quantidade de areia aumentou, ou então não ocorreu qualquer dano.
A erosão costeira tem, ainda, outras consequências: a salinização dos aquíferos costeiros e o assoreamento de lagunas e estuários.
Ano após ano, vamos tendo notícia do desaparecimento de praias que o mar leva.
Torna-se, pois, importante efectuar um bom ordenamento do território, de modo a que se consiga manter a nossa costa livre de danos de maiores dimensões.
Riscos Associados Ampliados pela Acção Humana
Entre as diversas razões para a erosão da costa e o seu consequente recuo está a subida do nível do mar. Essa subida é actualmente generalizada, relacionando-se com o aquecimento global, o qual provoca a fusão dos gelos polares e o aumento de volume das águas oceânicas – expansão térmica. A esta tendência transgressiva do mar soma-se a influência das suas subidas pontuais, localizadas, associadas a marés vivas e a causas meteorológicas.

Riscos Geológicos


O Homem tem contribuído com a sua acção descuidada para acelerar os fenómenos de erosão costeira. Admite-se que possa contribuir para o aquecimento global, ao criar um efeito de estufa provocado pela poluição atmosférica.
O Homem também constrói imensas coisas demasiado perto da costa contribuído para o aumento da erosão. Em Portugal, cerca de três quartos da população vive na faixa costeira onde o desrespeito pelas regras básicas do ordenamento do território é notado, encontrando-se muitas construções em plenos sistemas de dunas ou sobre arribas em erosão.

Efeitos da Erosão Costeira


1. Estreitamento das praias, que pode resultar no seu estreitamento;
2. Transformação de praias de areia em praias de calhau, por migração das areias;

3. Recuo das arribas;
4. Destruição de estruturas construídas pelo homem, como edifícios, estradas…;
5. Inutilização de campos de cultivo, inundados pela água do mar.





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Conclusão

Como evitar os efeitos da Erosão Costeira?
Nas praias, sempre que possível, a melhor solução é aumentar o volume de areia. Em alguns casos pode ser necessário segmentar a praia criando novas enseadas para viabilizar a estabilidade do engordamento de praia.
Os planos para a construção de captações e os programas de gestão devem ser concebidos á escala da região. Esta perspectiva global permite a inclusão de diversos factores que condicionam o volume e a qualidade da água doce nos aquíferos. O aproveitamento da água doce que seria descarregada no mar pode ser realizado através das captações devidamente concebidas e da sua adequada implantação. O aumento do volume de água doce nos aquíferos consegue-se adoptando-se regras que controlem a extracção, planeando correctamente os locais de descarga dos sistemas de drenagem e tratamento de águas pluviais e residuais, promovendo politicas para a utilização racional da água, incrementando a recarga com águas de superfície ou águas residuais tratadas e implementado medidas que façam diminuir o volume de água salgada salobra no aquífero, com a extracção dessa água, o seu tratamento e posterior utilização.

Bibliografia

Internet:
http://www.youngreporters.org/IMG/erosao.jpg
http://www.uff.br/decisao/smp/facho.jpg
http://www.youngreporters.org/IMG/jpg/alg1.jpg
http://www.aprh.pt/rgci/glossario/Pinaculo.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Ru7_nVuFiMqDcVXMZkq5fz5QtGtGWtJ9VJaHpsV221XO0ZwQiNKtnLwoYULEkQ8k68Sg3SfXswypd8jLaCSTikT_DDYc0reb-m56R8g23hXRFwPi5lR1qfXhcTf3MdopZikSwvc7wSU8/s400/T%25C3%25B4mbolo.jpg
http://www2.ufp.pt/units/geonucleo/parques/rndsj/maceda1.jpg

Livros:

Jorge Ferriera e Manuel Ferreira, Planeta com Vida Geologia (volume 2), Santilhana Constância

Geologia

ocupação antrópica e ordenamento do territorio

recursos geológicos

ocupação antrópica

Hidrogeologia

sexta-feira, 20 de março de 2009

UNICELULARIDADE E MULTICELULARIDADE

Sistema de Classificação modificado de Robert Whittaker

Sistema Classificação modificada de Whittaker


Introdução:

O sistema de classificação pode ser entendidos como uma forma de organização dos seres vivos que se pretendem classificar. Esta organização depende de critérios que vão sendo revistos ao longo do tempo, o que torna transitórios os sistemas de classificação que reflectem a visão dos seus autores e da comunidade científica de dada altura.

Este sistema teve maior receptividade, foi desenvolvido em 1969 e posteriormente modificado, apresentando alterações em 1979. A grande diferença entre estas duas versões referia-se à posição das algas, que inicialmente eram distribuídas entre os reinos Protista e Plantae. Se conforme fossem unicelulares ou pluricelulares, foram colocadas no Reino Protista. No entanto, algumas algas são pluricelulares e apesar da sua simplicidade estrutural, o Reino Protista, por passar a incluir seres multicelulares de baixo grau de diferenciação celular levava muitos autores a sugerirem o nome de Protoctista para este reino.

Objectivos:

1- Identificar diferentes sistemas de classificação;

2- Enumerar os critérios;

3- Apresentar as vantagens ;

4- Identificar as limitações;

5- Identificar os aspectos importantes dos reinos;


6- Conhecer as principais características dos cinco reinos de Whittaker.

7- Identificar a classificação de Whittaker modificada, apresentando as características de classificação dos seres em 5 reinos


Desenvolvimento

Diferentes Sistemas de Classificação

Podemos distinguir três sistemas de classificação diferentes: classificação em dois reinos, classificação em três reinos, classificação em cinco reinos.
O sistema de classificação em dois reinos, de Aristóteles e Lineu, separava os seres em dois reinos distintos: as plantas e os animais, tendo em conta:
- O tipo de nutrição (autotrofia – plantas e heterotrofia – animais);
- A morfologia (sem forma – plantas e com forma – animais);
- A locomoção (as plan
tas são fixas e os animais não);
- Os constituintes das células (as plantas têm parede celular celulósica e os animais têm outros constituintes no interior das células).












In:
http://www.cientic.com/imagens/pp/sistematica/sl_18.jpg


A vantagem deste sistema de classificação é a sua simplicidade, tornava a classificação óbvia e bem definida para os seres m
acroscópicos, embora tivesse uma limitação perante a classificação dos fungos, que não se encaixavam no reino das plantas.

O sistema de classificação em três reinos, por Haeckel em 1834,teve o auxilio do microscópio que lhe permitiu observar os seres microscópicos. Criou um terceiro reino a que chamou Protista e nele incluía todos os seres unicelulares e coloniais, que não tinham tecidos diferenciados.













In:
http://www.cientic.com/imagens/pp/sistematica/sl_18.jpg



A classificação feita por Whittaker em 1969, reconhece cinco reinos: Plantae, Animalia, Fungi, Protista e Monera. Whittaker propõe inicialmente, dois critérios de classificação:
- Organização celular: unicelulares ou multicelulares;
- Modo de nutrição: Autotróficos (fotossíntese); heterotróficos (ingestão e absorção).

Depois destes dois critérios foram acrescentados mais dois, que fizeram constituir a classificação de Whittaker (modificada).
Assim o sistema passou a ter os seguintes critérios:

- Organização celular: unicelulares ou multicelulares;

- Modo de nutrição: Autotróficos (fotossíntese e quimiossíntese); heterotróficos (ingestão e absorção).
- Tipo de células: Procarióticas e eucarióticas;
- Interacção nos ecossistemas: Produtores, consumidores, macroconsumidores e microconsumidores.
Whittaker substituiu as relações filogenéticas (evolutivas) por uma classificação ecológica, tornando a sua classificação mais simples e objectiva.














In: http://www.cientic.com/imagens/pp/sistematica/sl_18.jpg



Características de Inclusão nos Reinos

No reino Protista incluem-se as algas , estas estão implantadas nos meios aquáticos, são seres autotróficos e, portanto são produtores. Estes seres vivos são relativamente simples, não possuem raízes, caules ou folhas tendo um facto que não permite que estes se incluam no reino das plantas.














Algas atlânticas


In:http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabalhos/sistematicadosseresvivos/sistematicadosseresvivos05.jpg

No reino Fungi temos como exemplo os cogumelos, que são fungos. Os cogumelos existem num ambiente terrestre e são heterotróficos – obtêm alimento através da absorção.

















Cogumelos do tipo Panaeolus subbalteatus

In: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabalhos/sistematicadosseresvivos/sistematicadosseresvivos06.jpg

No reino Plantae incluem-se todas as plantas. Os fetos são um exemplo. Os fetos pertencem ao reino Plantae pois são pluricelulares, são autotróficos (realizam a fotossíntese) e, por isso, produtores nos ecossistemas.





















Feto arbóreo


In: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabalhos/sistematicadosseresvivos/sistematicadosseresvivos07.jpg

No reino Animalia inserem-se seres que em termos de morfologia são bastante diferentes. Dos insectos, de pequena dimensão, aos mamíferos marinhos, todos têm em comum a pluricelularidade, o tipo de nutrição (heterotróficos) e a interacção nos ecossistemas, as formigas integram este grupo pelo facto de serem pluricelulares e heterotróficas (ingestão).















Formiga Manica rubida


In: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabalhos/sistematicadosseresvivos/sistematicadosseresvivos08.jpg



Características dos cinco reinos de Whittaker


Vantagens e desvantagens dos cinco reinos de Whittaker


1. Monera

Vantagens:
- Intervêm no ciclo de elementos químicos essenciais à vida (ex. azoto). - Fermentações bacterianas utilizadas na produção de alimentos (queijo, iogurte, vinagre, cerveja, etc.). - Produção de antibióticos. - O Homem possui bactérias no intestino produtoras de várias vitaminas (flora e fauna intestinal). Reciclagem de nutrientes nos ecossistemas naturais.

Desvantagens:
Bactérias patogénicas - causam doenças (pneumonia, tuberculose, tétano, lepra). Acção das bactérias decompositoras sobre os alimentos ou na contaminação das águas.

2. Protista
Vantagens
- Reúne organismos desde as formas mais simples unicelulares até às algas multicelulares gigantes.
- Existem, protistas semelhantes a animais
(protozoários), semelhantes a plantas (algas) e semelhantes a fungos.
- As algas distinguem-se dos fungos porque, são heterotróficos por ingestão e não apresentam parede celular quitinosa
.
- Existem em ambientes húmidos


3. Fungi
Vantagens
- São maioritariamente multicelulares (apesar de existirem alguns unicelulares – (ex. leveduras)
- São heterotróficos por absorção
- Têm grande importância ecológica e económica (ex. produção de alimentos, antibióticos, têm um papel fundamental nos ecossistemas)

Desvantagens

- Podem ser parasitas, causado várias doenças.
- Alguns cogumelos são comestíveis mas outros têm propriedades que causam efeitos negativos no organismo humano, como por exemplo os cogumelos venenosos e alucinogénicos


4.
Plantae

Vantagens
- São multicelulares e fotossintéticas
- Máximo de especialização morfológica e funcional
- As primeiras plantas devem ter evoluído a partir de um ancestral aquático (provavelmente uma alga verde); a evolução deveu-se a uma maior adaptação ao meio terrestre, surgindo as plantas com tecidos vasculares

5. Animalia

Vantagens

- Estão distribuídos por todo o tipo de habitats

- Organismos eucariontes, multicelulares e heterotróficos
- A distribuição dos animais por filos obedece, essencialmente, a características estruturais e a critérios relacionados com a embriologia .


Classificação de Whittaker modificada e suas características de classificação dos seres dos cinco reinos

A classificação de Whittaker classifica os seres vivos em cinco reinos distintos, tendo em conta cinco critérios: tipo de célula, organização celular, nutrição, habitat e interacção nos ecossistemas, como podemos verificar no seguinte quadro:



Reinos





Monera

Protista

Fungi

Plantae

Animalia

Tipo de células

Procarióticas

Eucarióticas

Eucarióticas

Eucarióticas

Eucarióticas

Organização celular

Unicelulares

Unicelulares pluricelulares e alguns coloniais

Pluricelulares e alguns unicelulares

Pluricelulares

Pluricelulares

Nutrição

Autotróficos (fotossíntese e quimiossíntese); heterotróficos (absorção)

Autotróficos (fotossíntese); heterotróficos (absorção e ingestão)

Heterotróficos (absorção)

Autotróficos (fotossíntese)

Heterotróficos (ingestão)

Habitat

Aquático, aéreo e terrestre

Aquático e terrestre (ambientes húmidos)

Essencialmente terrestre

Terrestre

Terrestre, aquático e aéreo



Conclusão:

Com a realização deste trabalho pude concluir:
· Existem diversos sistemas de classificação, descobertos por diferentes cientistas.
· Com a descoberta de novas tecnologias, conheceu-se novas espécies fazendo com que os sistemas fossem periodicamente alterados.
· O sistema mais comum é o de Whittaker, que divide os seres vivos em cinco reinos, tendo em conta cinco características: tipo de células, organização celular, habitat, nutrição e interacção nos ecossistemas.
· Dentro de cada um dos cinco reinos existem milhares de seres que, apesar de se incluírem no mesmo reino, são bastante diferentes.

Bibliografia:
As fontes de informação que permitiram a realização deste trabalho de pesquisa foram:
- Internet:
http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/sistclassific.htm http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.cientic.com/imagens/pp/sistematica/sl_18.jpg&imgrefurl=http://e-portofolio-cat-5.perfect-blog.net/Biologia-b1/Sistemas-de-Classificacao-b1-p48.htm&usg=__IVmcDf9OR3ZP35oYSjcyBcxd1wA=&h=375&w=500&sz=34&hl=pt-PT&start=7&um=1&tbnid=0ZVD0AEmJLC20M:&tbnh=98&tbnw=130&prev=/images%3Fq%3Dsistema%2Bde%2Bclassificacao%2Bde%2Bwhittaker%26hl%3Dpt-PT%26client%3Dfirefox-a%26channel%3Ds%26rls%3Dorg.mozilla:pt-PT:official%26sa%3DN%26um%3D1
- Livro :
CARRAJOLA, C.; CASTRO, M.J.; HILÁRIO, T. - Planeta com Vida 11º ano, Biologia (volume 1). 1ª Edição, Edições Santillana Constância, Carnaxide, 2007